Apenas 26% das audiências de custódia realizadas no Brasil foram no formato presencial em 2024. Além disso, a maior parte acontece em locais inadequados, fora da sede judicial. Os dados estão no estudo “direito sob custódia: uma década de audiências de custódia e o futuro da política pública de controle da prisão e prevenção da tortura” feito pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e a Associação para a Prevenção da Tortura (APT). Entre setembro e dezembro de 2024, foram acompanhadas 1.206 audiências em dez cidades de seis estados, incluindo Goiás. O levantamento avaliou os 10 anos de execução das audiências de custódia e como a maior frequência da versão online tem impactado nos resultados. É apontado que o formato virtual agravou problemas estruturais e fragilizou a função das audiências de coibir abusos policiais e garantir a legalidade das prisões.