Especialistas veem com ressalvas as mudanças aprovadas na gestão do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia. A medida transfere o comando da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo, a CMTC, para o governo estadual. O engenheiro de transportes Marcos Rothen afirma que a medida é negativa e contraria a Constituição Federal, que atribui aos municípios a responsabilidade pelo transporte urbano. Segundo ele, a centralização reduz o papel das prefeituras em decisões sobre linhas, itinerários e pontos de ônibus. Rothen também questiona o argumento de que o Estado teria mais estrutura para gerir o sistema e defende que o governo estadual atue como apoio, sem retirar a autonomia municipal. Sobre os atrasos no pagamento de subsídios por cidades como Goianira e Trindade, o especialista avalia que o problema expõe fragilidades no modelo de financiamento, com custos elevados e pouco planejamento.