No Brasil, 112 professores do ensino básico se afastam por dia por causa de estresse, síndrome de burnout e outros problemas de saúde mental. O dado é de um levantamento do Observatório do Estado Social Brasileiro, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que aponta que a violência contra docentes, física e verbal, reflete problemas estruturais, como baixos salários, excesso de alunos por professor, vínculos temporários e infraestrutura precária. A pesquisadora da UFG, Deborah Salem, explicou que metade dos professores do país trabalha com contratos temporários, sem estabilidade, o que aumenta a pressão e o assédio nas escolas. Ela destacou ainda que o adoecimento físico e mental da categoria é preocupante, resultado de jornadas exaustivas, turmas superlotadas e metas escolares muitas vezes inatingíveis.